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121. Unisinos-RS
Pode-se dizer que a presença do negro representou
sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios
coloniais. Os antigos moradores da terra foram,
eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria
extrativa, na caça, na pesca, em determinados
ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se
acomodaram, porém, ao trabalho acurado e metódico
que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência
espontânea era para as atividades menos sedentárias
e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada
e sem vigilância e fiscalização de estranhos. Versáteis
ao extremo, eram-lhe inacessíveis certas noções de
ordem, constância e exatidão, que no europeu formam
como uma segunda natureza e parecem requisitos
fundamentais da existência social e civil.
Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995, p. 48.
O argumento de Holanda tenta justificar a inadequação
dos povos indígenas ao trabalho sistemático e “sedentário”,
exigido pela empresa colonial no Brasil. Tal
argumento, entretanto, tem sido bastante contestado
pela historiografia brasileira como modo de explicar a
opção da empresa colonial pelo trabalho escravo dos
negros. A utilização dos negros e não dos indígenas,
como forma predominante de trabalho compulsório na
colônia lusa, explica-se:
I. pela característica mercantilista da exploração
colonial portuguesa, que, em função de disputas
comerciais com a Inglaterra, sobretudo a partir do
século XVIII, tornou sua colônia americana um
espaço de produção de mercadorias para a venda
no mercado europeu. Tal produção só poderia ser
lucrativa se realizada pelo trabalho escravo dos
negros, pois esses reuniam características étnicas
e culturais que combinavam com o trabalho
sistemático nas lavouras extensivas.
II. pelo desinteresse luso que não viu, pelo menos até o
desenvolvimento da atividade mineradora, no início
do século XVIII, nenhum benefício mercantil na ocupação
e colonização do Brasil. Esse fato dispensou
o trabalho dos chamados indígenas, já que esses
grupos humanos haviam se voltado economicamente
para a lavoura açucareira nordestina.
III. por duas razões inteiramente relacionadas: a
produção em larga escala para o mercado europeu,
exigida da colônia pela metrópole lusa, fato
que tornava necessário um grande número de
trabalhadores compulsórios; e os altos lucros que
o tráfico internacional de escravos negros oferecia
aos comerciantes metropolitanos. Desse modo, é
correto afirmar que se constituiu no Brasil Colônia
um modo escravista de produção.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Apenas I e III estão corretas.

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123. Vunesp
Com a grande propriedade monocultural, instalou-se no Brasil colonial o trabalho escravo … estes elementos
são correlatos e derivam das mesmas causas.
Caio Prado, História econômica do Brasil
Apoiando-se na empresa colonial açucareira do litoral nordestino, faça uma análise dos principais fatores que
contribuíram para a forte correlação entre os três elementos básicos indicados no texto acima.

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124. Unicamp-SP
Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada
situação política: de um lado, passou a pertencer à
União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem
Pernambuco, através da Companhia das Índias
Ocidentais, a partir de 1630.
a) O que foi a União Ibérica?
b) Dê três motivos para a invasão holandesa no
Brasil.

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125. Fuvest-SP
A dominação espanhola (1580-1640) provocou mudanças
no império colonial português; por isso mesmo,
D. João IV, que subiu ao trono com a Restauração
ocorrida em 1640, teria dito que “o Brasil é a vaca
leiteira de Portugal”.
a) Quais mudanças do Império derivaram da dominação
espanhola?
b) Que relação há entre as mudanças e a idéia de que
o Brasil se tornou a “vaca leiteira” de Portugal?

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126.
A decisão das Cortes de Tomar, aceitando a união das
monarquias ibéricas (1580-1640), teve como uma de
suas conseqüências:
a) a consolidação do domínio brasileiro no trecho do
litoral entre Cananéia e Itamaracá, anteriormente
ameaçado pelos espanhóis.
b) a aquisição pelo Brasil do domínio manso e pacífico
da região do Tape, no centro do Rio Grande do Sul.
c) o término dos ataques ao Brasil pelos inimigos da
Espanha, tendo em vista antigas alianças e boas
relações comerciais.
d) a perda do monopólio do comércio brasileiro por
Portugal, pois o Brasil deixou de ser considerado
uma colônia.
e) a suspensão temporária dos efeitos do Tratado de
Tordesilhas, o que possibilitou ao Brasil promover
sua expansão territorial.

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127. Fuvest-SP
Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante
a União Ibérica (1580-1640), destacam-se:
a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos
holandeses no Nordeste e o início da produção
de tabaco no Recôncavo Baiano.
b) a expansão da economia açucareira no Nordeste,
o estreitamento das relações com a Inglaterra e a
expulsão dos jesuítas.
c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração
do ouro em Minas Gerais e a reordenação
administrativa do território.
d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a
intensificação da escravização indígena e a
introdução das companhias de comércio monopolistas.
e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a
expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.

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128. UFMG
O interesse dos holandeses em ocupar áreas no Brasil
está relacionado com:
a) a conquista territorial de pontos estratégicos visando
a quebrar o monopólio da rota da prata.
b) as barreiras impostas pela Espanha à participação
flamenga no comércio açucareiro.
c) os contratos preferenciais firmados entre Portugal
e Inglaterra.
d) as solicitações de senhores de engenho, insatisfeitos
com o supermonopólio metropolitano.
e) a instalação de técnicas mais avançadas, visando
à elevação da produtividade.

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129. UEL-PR
(…) As conseqüências da ruptura do sistema cooperativo
anterior serão, entretanto, muito mais
duradouras que a ocupação militar. Durante sua
permanência no Brasil, (…) eles adquiriram o
conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais
da indústria açucareira. Esses conhecimentos
vão constituir a base para a implantação e
o desenvolvimento de uma indústria concorrente, de
grande escala, na região do Caribe. A partir desse
momento, estaria perdido o monopólio, que nos
três quartos de século anteriores assentara-se na
identidade de interesse entre os produtores portugueses
e os grupos financeiros (…) que controlavam
o comércio europeu (…).
O texto descreve um fenômeno ligado, no Brasil:
a) aos reflexos da Abertura dos Portos e às revoltas
nativistas.
b) aos resultados da invasão francesa e à expulsão
dos jesuítas.
c) ao domínio espanhol e à expulsão dos holandeses
do Nordeste.
d) aos tratados de comércio e aos privilégios da
burguesia inglesa.
e) ao Bloqueio Continental e à transferência da Corte
portuguesa.

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130. Unifor-CE
No século XVII, os holandeses ocuparam boa parte
do Nordeste brasileiro. A primeira invasão ocorreu
na Bahia (1624-1625), mas foi a partir do domínio de
Pernambuco que os holandeses conseguiram uma
ocupação mais prolongada (1630-1654). Essas invasões
estão ligadas:
a) à posição assumida pelo grupo mercantil português
que, receando perder mercado na Europa
com a União Ibérica, manteve sua aliança com as
Províncias Unidas.
b) ao interesse holandês em manter o controle sobre
a distribuição do açúcar na Europa, rompido desde
a União Ibérica.
c) ao interesse da Holanda que desejava controlar o
aparelho fiscal do governo português no Brasil.
d) à Companhia das Índias Ocidentais, criada no
século XV, que tinha por objetivo interferir diretamente
na produção e na aquisição das terras
produtoras de cana-de-açúcar.
e) à necessidade de Antuérpia e Amsterdã manterem-
se como centros urbanos desinteressados
em comercializar açúcar na Europa.

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131. PUC-RS
As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam
relacionadas à necessidade de os Países Baixos
manterem e ampliarem sua hegemonia no comércio do
açúcar na Europa, que havia sido interrompido:
a) pela política de monopólio comercial da Coroa portuguesa,
reafirmada em represália à mobilização
anticolonial dos grandes proprietários de terra.
b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio
entre Brasil e Portugal.
c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver
o beneficiamento do açúcar na própria colônia,
com apoio dos ingleses.
d) pelos interesses comerciais dos franceses, que
estavam presentes no Maranhão, em relação ao
açúcar.
e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos
contra a Espanha e seus conseqüentes reflexos
na colônia portuguesa, devido à União Ibérica.

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132. Cesgranrio-RJ
No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência
da população escrava. Sobre os quilombos, é correto
afirmar que o(a):
a) maior número de quilombos se concentrou na região
Nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura
cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados
de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi
extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o
governador de Pernambuco, que se comprometeu
a não punir os escravos que desejassem retornar
às fazendas.
c) existência de poucos quilombos na região Norte
pode ser explicada pela administração diferenciada,
já que, no estado do Grão-Pará e Maranhão,
a Coroa portuguesa havia proibido a escravidão
negra.
d) quase inexistência de quilombos no Sul do Brasil
se relaciona à pequena porcentagem de negros na
região, o que também permitiu que lá não ocorressem
questões ligadas à segregação racial.
e) população dos quilombos também era formada por
indígenas ameaçados pelos europeus por brancos
pobres e por outros aventureiros e desertores, embora
predominassem africanos e seus descendentes.

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133. FGV-SP
Com relação ao domínio holandês no Brasil, no período
colonial, pode-se afirmar que:
a) os limites das suas conquistas ficaram restritos a
Pernambuco, então a capitania que mais produzia
açúcar na colônia.
b) o governo de Nassau, de acordo com a Companhia
das Índias Ocidentais, procurou, juntamente com
os produtores locais, incrementar ainda mais a
produção do açúcar.
c) a partir de suas bases no Nordeste, os holandeses
ampliaram o raio de sua dominação, chegando, em
1645, a conquistar a Amazônia peruana.
d) oriundo de uma Holanda dividida pelas guerras de
religião, o protestante Nassau fez do seu governo,
em Pernambuco, um regime teocrático de protestantismo
radical.
e) nas regiões que dominaram, os holandeses transformaram
a economia numa atividade igualmente
lucrativa para Portugal e Espanha.

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134. Mackenzie-SP
Acerca da presença dos holandeses no Brasil, durante
o período colonial, assinale a alternativa correta.
a) Garantiram a manutenção do direito e da liberdade
de culto.
b) Perseguiram judeus e católicos por meio do Tribunal
do Santo Ofício.
c) Aceleraram o processo de unificação política entre
Espanha e Portugal.
d) Criaram, no Brasil, instituições de crédito, financiando
a industrialização contra os interesses
ingleses.
e) Visavam à ocupação pacífica do Nordeste.

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135.
O governo de Nassau, durante a ocupação holandesa
no Nordeste brasileiro, foi caracterizado pelo
crescimento da produção açucareira e pela produção
artística e cultural. Como podemos explicar isso?

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136.
A expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro
começou quando Nassau foi substituído por um
triunvirato, nomeado pela WIC, que passou a forçar
os senhores de engenho a quitarem suas dívidas. O
movimento armado, feito pelos pernambucanos, ficou
conhecido como:
a) Revolução Pernambucana.
b) Confederação do Equador.
c) Insurreição Pernambucana.
d) Guerra dos Mascates.
e) Revolta dos nativistas pernambucanos.

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137. UFPE
Em relação às conseqüências do domínio espanhol
sobre Portugal, que durou 60 anos – de 1580 a 1640 –,
analise as proposições a seguir.
1. A França, inimiga da Espanha, ocupou Pernambuco,
área de atuação dos portugueses.
2. As relações comerciais dos portugueses com a
Ásia sofreram grandes perdas.
3. Portugal, para enfrentar a crise, tornou-se dependente
da Holanda, assinando com esta o Tratado
da Paz de Holanda.
4. A marinha portuguesa foi quase aniquilada e Portugal
subordinou-se à Inglaterra, assinando com
essa nação vários tratados.
5. Portugal centralizou a administração colonial e
estabeleceu monopólios na economia.
Estão corretas:
a) 2, 3, 4 d) 2, 4, 5
b) 3, 4, 5 e) 1, 3, 5
c) 1, 2, 3

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138. FGV-SP
Guerreado por Madri e pela Holanda, posto em quarentena
pela Santa Sé, Portugal busca o apoio de Londres,
preferindo a aliança com os distantes hereges à associação
com os vizinhos católicos. Dando seguimento
a vários tratados bilaterais, os portugueses facilitam o
acesso dos mercadores e das mercadorias inglesas às
zonas sob seu controle na Ásia, África e América.
ALENCASTRO, L.F. de. “A economia política dos descobrimentos”. In:
NOVAES, A. (org.), A descoberta do homem e do mundo. São Paulo:
Cia das Letras, 1998, p. 193.
O trecho do texto de Alencastro refere-se:
a) ao período inicial da expansão marítima portuguesa,
no qual as rivalidades com a Espanha em torno
da partilha da América levaram a uma aproximação
diplomática entre Portugal e Inglaterra.
b) à época da Restauração, que se seguiu à união dinástica
entre as monarquias ibéricas e que obrigou
a Coroa portuguesa a enfrentar tropas espanholas
na Europa e holandesas na África e na América.
c) à época napoleônica, que acabou por definir o início
da aproximação diplomática de Portugal com a Inglaterra,
em virtude da articulação franco-espanhola que
ameaçava as colônias portuguesas na América.
d) ao período de guerras de religião, durante o qual
a monarquia portuguesa, por aproximar-se dos
calvinistas ingleses, passou a ser encarada com
suspeitas pelo poder pontifício.
e) à época das primeiras viagens portuguesas às
Índias, quando muitas expedições foram organizadas
em conjunto por Inglaterra e Portugal, o
que alijou holandeses e espanhóis das atividades
mercantis realizadas na Ásia.

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139. UFMG
Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando
a marca do administrador. Seu período é o mais
brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou
a administração (…) Foi relativamente tolerante com
os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto.
Como também com os judeus (depois dele não houve a
mesma tolerância, nem com os católicos e nem com os
judeus – fato estranhável, pois a Companhia das Índias
contava muito com eles, como acionistas ou em postos
eminentes). Pensou no povo. Dando-lhes diversões,
melhorando as condições do porto e do núcleo urbano
(…), fazendo museus de arte, parques botânicos e
zoológicos, observatórios astronômicos.
Francisco Iglésias
Esse texto refere-se:
a) à invasão holandesa no Brasil, no período da
União Ibérica, e à fundação da Nova Holanda no
Nordeste açucareiro.
b) às invasões francesas no litoral fluminense e à
instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio
de Janeiro.
c) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação
de uma sociedade moderna, influenciada pelo
Renascimento.
d) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na
Guerra da Reconquista Ibérica, nos Países Baixos,
e à fundação da Companhia das Índias Ocidentais.

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Com base nos dados do mapa e levando em conta
a conjuntura internacional, considere as seguintes
afirmações.
I. Os ataques holandeses às possessões africanas
de Portugal se deveram à necessidade de controle
desses importantes centros de fornecimento de
escravos, fundamentais para a reprodução física
da mão-de-obra dos engenhos brasileiros.
II. Apesar da Trégua dos Dez Anos (1641–1651) na
Europa, o governo holandês no Brasil não interrompeu
seu processo expansionista, ampliando
seus domínios com a ocupação de São Luís do
Maranhão, ponto vital de apoio logístico ao tráfico
negreiro internacional.
III. A retomada de Luanda foi comandada pelo governador
do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá,
sendo um projeto financiado pelos comerciantes
e proprietários de terras locais, gravemente prejudicados
pela interrupção do tráfico negreiro.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. d) Apenas II e III.
b) Apenas I e II. e) I, II e III.
c) Apenas I e III.

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141. ENEM
Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram
uma peça para teatro chamada Calabar, pondo em dúvida
a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar,
pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses
na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632.
– Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu
Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar
havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade
escravista e discriminatória, traiu a elite branca?
Os textos referem-se também a essa personagem.
Texto I: “… dos males que causou à Pátria, a História, a
inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor,
por todos os séculos.”
Visconde de Porto Seguro, In: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos
Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949.
Texto II: “Sertanista experimentado, em 1627 procurava
as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da
Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do
Arraial, onde fora ferido, e desertara em conseqüência
de vários crimes praticados…” (os crimes referidos são
o de contrabando e roubo).
CALMON, P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.
Pode-se afirmar que:
a) a peça e os textos abordam a temática de maneira
parcial e chegam às mesmas conclusões.
b) a peça e o texto I refletem uma postura tolerante
com relação à suposta traição de Calabar, e o
texto II mostra uma posição contrária à atitude de
Calabar.
c) os textos I e II mostram uma postura contrária à
atitude de Calabar, e a peça demonstra uma posição
indiferente em relação ao seu suposto ato
de traição.
d) a peça e o texto II são neutros com relação à
suposta traição de Calabar, ao contrário do texto
I, que condena a atitude de Calabar.
e) a peça questiona a validade da reputação de traidor
que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto
II descreve ações positivas e negativas dessa
personagem.

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142. UFV-MG
A respeito das invasões holandesas que ocorreram
durante o século XVII no Nordeste brasileiro, é correto
afirmar que:
a) foram iniciativas de grupos de aventureiros holandeses,
sem nenhuma vinculação com as disputas
internacionais entre os Estados-nação do período.
b) com a expulsão definitiva dos invasores holandeses
em 1654, pela qual lutaram lado a lado
índios, negros e portugueses, saíram reforçados
os vínculos entre a metrópole e a colônia naquela
região.
c) nas batalhas de resistência à invasão dos holandeses
em Pernambuco, destacou-se a figura heróica
de Domingos Fernandes Calabar.
d) durante o período da dominação holandesa no
Nordeste brasileiro, a população foi obrigada
a trocar o catolicismo pelo calvinismo, por ser
esta a religião do príncipe Maurício de Nassau.
e) a forma pela qual se deu a expulsão definitiva
dos holandeses explica o surgimento posterior
de vários movimentos nativistas, como a Revolta
de Beckman (1684-1685), a Guerra dos
Mascates (1710-1714) e a Revolução Praieira
(1848).

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143. Fuvest-SP
É característica da economia holandesa, na primeira
metade do século XVII:
a) a preponderância das atividades comerciais e
financeiras, com a formação de importante frota
naval.
b) o predomínio do setor industrial na economia, em
detrimento das atividades comerciais.
c) a formação de companhias de comércio, dando
início ao liberalismo econômico.
d) o aproveitamento exclusivo de rotas fluviais,
consolidando a hegemonia econômica na Europa
Oriental.
e) a inexistência de agricultura e pesca, conduzindo
à dependência dos países fornecedores.

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144. UEL-PR
Se determinais Deus meu dar estas mesmas terras aos
piratas de Holanda, por que não as destes enquanto
eram agrestes e incultas, senão agora? Tantos serviços
vos tem feito essa gente pervertida e apóstata, que
nos mandastes primeiro cá por seus aposentadores,
para lhe lavrarmos as terras, para edificarmos as
cidades e depois de cultivadas e enriquecidas lhes
entregardes? Assim se hão de lograr os hereges, e
inimigos da fé, dos trabalhos portugueses e dos suores
católicos (…).
VIEIRA, A. Obras completas. Porto: Lello & Irmãos, 1951. v. XIV, p. 315.
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre
a presença holandesa no Brasil, é correto afirmar
que:
a) o domínio holandês no Brasil constituiu o episódio
central dos conflitos entre Portugal e Países Baixos
pelo controle do açúcar brasileiro, do tráfico de
escravos africanos e das especiarias asiáticas.
b) senhores de engenho, escravos e índios converteram-
se ao calvinismo e recusaram-se a participar
do movimento de expulsão dos holandeses da
Bahia e de Pernambuco.
c) a intolerância religiosa holandesa com os católicos,
impedindo as tradicionais festas religiosas,
procissões e missas, determinou a expulsão dos
calvinistas do Brasil.
d) os portugueses renderam-se aos holandeses
por acreditarem que os batavos fundariam mais
cidades no Brasil.
e) para os portugueses, o domínio holandês no Brasil
representou uma disputa religiosa sem implicações
políticas e econômicas para Brasil e Portugal.

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145. UFRN
No Brasil colonial, a ocupação holandesa da costa
nordeste está inserida num contexto de disputa mercantilista
entre as potências européias.
Nesse sentido, é correto afirmar que o Rio Grande
do Norte:
a) mesmo sendo um pequeno produtor açucareiro,
contribuiria com grande produção algodoeira,
importante para as trocas mercantis.
b) apesar de sua produção açucareira pouco expressiva,
foi tomado pelos holandeses para assegurar
o controle estratégico da nova colônia.
c) por ter grandes rebanhos de gado, atraiu a cobiça
de franceses e holandeses que disputavam
o controle da pecuária bovina para o mercado
europeu.
d) por sua posição geográfica privilegiada, interessava
muito aos holandeses, pois facilitaria o apoio a
seus navios no caminho para as Antilhas.

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146. Mackenzie-SP
(…) o número de refinarias, na Holanda, passara de 3
ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25 encontravamse
em Amsterdã, que se transformara no grande centro
de refino e distribuição do açúcar na Europa.
Elza Nadai e Joana Neves
A respeito do aumento de interesse, por parte dos holandeses,
não apenas na refinação do açúcar brasileiro,
mas também no transporte e na distribuição desse
produto nos mercados europeus, acentuadamente no
século XVII, é correto afirmar que:
a) com a União Ibérica (1580-1640), os holandeses
desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino
para obter postos estratégicos na luta contra
a Espanha.
b) a ocupação de Salvador, em 1624, por tropas flamengas,
foi um sucesso, do ponto de vista militar,
para diminuir o poderio de Filipe II, rei da Espanha.
c) a criação da Companhia das Índias Ocidentais foi
responsável pela conquista do litoral ocidental da
África, do Nordeste brasileiro e das Antilhas, visando
a obter mão-de-obra para as lavouras antilhanas.
d) o domínio holandês, no Nordeste brasileiro, buscava
garantir o abastecimento de açúcar, controlando
a principal região produtora, pois foi graças ao
capital flamengo que a empresa açucareira pôde
ser instalada na colônia.
e) a Companhia das Índias Ocidentais, em 1634, na
luta pela conquista do litoral nordestino, propõe a
proteção das propriedades brasileiras submetidas
à custódia holandesa, porém, em troca, os brasileiros
não poderiam manter sua liberdade religiosa.

[divider]

147. Fuvest-SP
Indique as principais razões da Insurreição Pernambucana
contra os holandeses, ocorrida entre 1645 e 1654.

[divider]

148. Vunesp
A solução dada à questão dinástica portuguesa, após
o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir
(1578), repercutiu na Europa e no ultramar. Considere
a fase de união das monarquias ibéricas (1580-1640)
e relacione as conseqüências no Brasil.

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149. UEL-PR
Durante todo o século XVI, os portugueses não se
preocuparam com a ocupação da Amazônia, principalmente
devido à grande distância entre o extremo
norte do Brasil e os principais centros de colonização,
que na época eram:
a) Pernambuco e Bahia.
b) Rio de Janeiro e São Paulo.
c) Minas Gerais e Mato Grosso.
d) Rio Grande do Sul e Alagoas.
e) Espírito Santo e Santa Catarina.

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150. Fuvest-SP
A expansão da colonização no Brasil acentua-se na
segunda metade do século XVII, caracterizando-se
pela ocupação do território. Quais os fatores que
contribuíram para a expansão da colonização para
além do litoral?

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